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Mercedes-Benz C250 BlueTEC 7G-Tronic Station: Apontar ao topo

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Mercedes-Benz C250 BlueTEC 7G-Tronic Station: Apontar ao topo

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Verdadeiro best-seller entre a oferta da Mercedes-Benz, a Classe C Station há muito se tornou um dos produtos comercialmente mais importantes para a marca da estrela, sendo mesmo uma das carrinhas mais desejadas dentro do segmento D Premium. Também por esse motivo, o lançamento de uma nova geração – a quarta – é sempre um momento especial, com a versão 250 BlueTEC que tivemos oportunidade de testar, a confirmar o já esperado: o objectivo da nova Classe C Station é, claramente, o topo nas vendas do segmento!

Mas se as boas prestações comerciais daquela que é também uma das mais populares e desejadas carrinhas Mercedes aconselharia à prudência e à aplicação da célebre máxima “Em equipa que vence, não se mexe”, a verdade é que o construtor de Estugarda optou, desta feita, por atirar a lógica às malvas e seguir caminho diametralmente oposto – renovou a C Station de alto a baixo! Começando, desde logo, no aspecto exterior.



Maior do que a antecessora em todos os sentidos, a quarta geração da carrinha alemã exibe, igualmente, um look exterior não tão conservador e claramente mais emocional do que a sua antecessora, fazendo inclusivamente lembrar, nalgumas soluções estilísticas, outros modelos da marca – é a forma como o vidro lateral traseiro termina a fazer-nos lembrar a deslumbrante CLSShooting Brake, ou até mesmo os farolins traseiros que mais parecem não conseguir esconder uma certa inspiração GLA. Tudo isto, com muitos pormenores à mistura a desempenharem papel-chave numa estética indubitavelmente cativante e até capaz até de fazer soltar alguns suspiros de rendição!
De resto e a contribuir para um ainda maior encanto ao primeiro olhar, no caso da unidade por nós testada, não apenas a pintura metalizada Cinzento Palladium (1.000€), mas também outros opcionais, tais como o sistema de luzes inteligentes com iluminação diurna em LED (1.463,41€), os packs Espelhos (retrovisores rebatíveis electricamente + retrovisores anti-encandeamento, por 447,15€) e Night (vidros laterais e óculos traseiros escurecidos, por 549,99€), o Keyless Go Starting (acesso mãos livres + botão Start extraível + portão da bagageira eléctrico, tudo por apenas 121,95€), além da segunda versão daquilo que a marca designa como linha de designAvantgarde (1.950,01€), da qual fazem parte, enquanto elementos para o exterior da carroçaria, as jantes em liga leve multiraios de 17”, as barras de tejadilho em prata, e os vidros laterais e óculo traseiros escurecidos. Sem esquecer a suspensão AGILITY Control com afinação desportiva, sinónimo de menos 15 mm de distância ao solo… assim como de suspensões mais firmes.
Igualmente a pensar na condução, além dos “obrigatórios” sensor de chuva, Cruise Control comSPEEDTRONIC, sistema de monitorização da pressão dos pneus, Agility Select (de série apenas com caixa automática), Adaptive Break com função Hold, airbags/sidebags/windowsbags/kneebag,Collision Prevention Assist Plus, ESP e avisador do desgaste das pastilhas de travão, opcionais como a direcção Direct-Steer Conforto (203,25€), os packs Parking (estacionamento activo + câmara de marcha atrás, por 1.056,91€) e Assistência à Faixa de Rodagem (Assistente de Faixa de Rodagem + Assistente de Ângulo Morto, por 1.000€), e o sistema de navegação Garmin MAP PILOT (487,80€).


Somados todos os opcionais, inclusivamente as soluções de distinção para o interior do habitáculo incluídas na já referida linha de design Avantgarde, como é o caso dos acabamentos em alumínio, estofos em pele ARTICO/tecido Norwich Cinzento Crystal e pack de iluminação interior, um total de mais de 9 mil euros em extras, a acrescentar a um preço base já de si bastante significativo – 51.022,62 euros. O valor pedido pela Mercedes Benz por esta C 250 BlueTEC Station com caixa 7G-TRONIC.
Mas se este valor, que não contempla qualquer opcional, já é suficiente para fazer da Mercedes C 250 BlueTEC Station uma das propostas mais caras do segmento, também não é menos verdade que os engenheiros da marca da estrela não se pouparam a esforços no sentido de justificar todos os cêntimos que a nova Classe C Station exige! A começar, por uma qualidade de construção e de materiais agora num patamar ainda mais alto, capaz de sobressair num habitáculo totalmente reformulado e concebido à imagem do do sedan, onde não falta sequer uma meritória preocupação com a ergonomia. Mesmo se marcada, desde logo, à partida por acesso mais complicado através das portas traseiras, com abertura menos ampla e assentos mais altos face ao tejadilho, obrigando mesmo a algum cuidado para não bater com a cabeça ao entrar.
Porém, uma vez no interior, a acompanhar o aumento da sensação de luxo e distinção, ambas conseguidas através de um maior recurso aos revestimento em metal e em plástico brilhante, um novo painel de instrumentos, não apenas bonito mas também a proporcionar uma óptima visibilidade, quase tão perfeita quanto o tablet que continua a surgir no topo da consola central, ao qual apenas continua a faltar a função táctil. Lapso compensado, contudo, com a oferta de um igualmente redesenhado e agora mais funcional e ergonómico joystick rotativo a que a Mercedes dá o nome de Comand, “porta de acesso” ao sistema de infotainment. E, sem dúvida, um dos melhores, mais confortáveis e mais ergonómicos comandos do género que já tivemos oportunidade de experimentar até hoje!


Ainda no habitáculo, críticas compreensíveis vindas, em especial, de famílias com mais de duas crianças, pela pouca valorização nesta Classe C Station do chamado lugar do meio, fortemente penalizado não apenas por um volumoso túnel de transmissão, mas principalmente por um banco e encosto demasiado salientes e sem o conforto oferecido nos restantes lugares. Estes últimos, esculpidos nos assentos e costas, a ajudar a uma óptima habitabilidade, um pouco como acontece com o banco do condutor, também ele em couro e tecido, ao qual só faltará um pouco mais de apoio lateral. Perdendo, nesse capítulo, inclusivamente para a amplitude de regulação oferecida em altura e profundidade, forma de garantir um correcto acesso à generalidade dos comandos, embora já não uma visibilidade traseira tão convincente… e que, por esse motivo, não deixa de agradecer a inclusão (como era o caso) dos sensores de estacionamento (parte integrante de um sistema de apoio ao estacionamento também ele reformulado), e com câmara traseira.
Oferecendo, em termos de espaços de arrumação, bolsas de boa capacidade nas portas, acompanhadas de vários espaços fechados (críticas, apenas, para o porta luvas, cuja capacidade surge fortemente penalizada devido à colocação aí da base do aromatizador AIR-BALANCE), a nova Classe C Station disponibiliza ainda uma bagageira com uma capacidade de carga inicial de 490 litros, valorizada igualmente por um acesso amplo e baixo, chapeleira extensível (que com um simples toque “sobe” pelos pilares D), alçapão (irregular) por baixo do piso falso e um sem número de soluções funcionais: rede de fixação anti-bagagens, rede anti-intrusão no habitáculo, tomada de 12V e ganchos porta-sacos nas laterais… ainda que muito baixos. Tal como a colocação dos dois pontos de luz nos pilares D só justifica a sua validade a partir do mesmo em que recolhemos a chapeleira!
Pelo contrário, inquestionavelmente positivo, a possibilidade de aumentar a capacidade de carga até aos 1.510 litros, bastando para tal rebater as costas dos bancos traseiros totalmente na horizontal e no seguimento do piso do mala. Uma mais-valia facilmente garantida através do accionamento dos pequenos interruptores metalizados colocados no habitáculo, junto às portas traseiras e ao nível dos braços, ou então nas laterais à entrada da bagageira.



Embora disponível com outras motorizações mais… “acessíveis”, a unidade que nos calhou em sorte exibia, conforme já foi referido, um generoso quatro cilindros em linha 2,0 litros a gasóleo, capaz de debitar não apenas 204 cv de potência às 3800 rpm, mas também um binário máximo de 500 Nm entre as 1600 e as 1800 rpm. Argumentos que, além das já esperadas prestações de respeito (241 km/h de velocidade máxima anunciada, 6,9 segundos dos 0 aos 100 km/h), não deixam de garantir igualmente consumos e emissões especialmente atractivas - 4,5 l/100 km era o valor anunciado pela marca para os consumos em trajecto combinado, tendo nós feito 5,8 l/1oo km. Diferença que, embora sem confirmação constatada, não deverá provocar alterações significativas nos 117 g/km de emissões de CO2 anunciadas pelo construtor para este motor, valor conseguido não apenas com a inclusão de um sistema Stop&Start suave no operar, mas também através do recurso à tecnologia de Redução Catalítica Selectiva (SCR), ou "BlueTEC" na terminologia Mercedes, e à utilização do aditivo AdBLUE.
De resto, colocada à prova na (dura) realidade de todos os dias, é caso para dizer que a nova Mercedes C 250 BlueTEC Station com caixa automática 7G-TRONIC justifica na plenitude todas as expectativas criadas ainda no primeiro contacto. Mesmo e mais uma vez se com algumas opções iniciais, no mínimo, inesperadas - é o caso, por exemplo, da solução concebida como botão de arranque e que passa por um mero “extensor” em plástico de cor metalizada acoplado à ignição, mas facilmente retirável. E que, pressionado, nos permite “acordar” o “enorme” turbodiesel, senhor de grande capacidade de aceleração desde os regimes mais baixos, assim como de uma capacidade de recuperação ainda mais arrebatadora. Tudo isto, mesmo com uma insonorização que poderia ser melhor, o mesmo acontecendo quanto ao funcionamento um pouco rude do propulsor.
A ajudar ao óptimo desempenho do 250 BlueTEC, uma não menos competente e convincente caixa de velocidades automática 7G-TRONIC com patilhas no volante, da qual apenas a manche tipo haste na coluna de direcção desagrada, além do já conhecido sistema de modos de conduçãoAgility Select, com cinco tipos de actuação: Comfort, ECO, Sport, Sport+ e Individual. Qualquer um deles, seleccionável através do mesmo discreto botão posicionado junto ao Comand, e que, mercê da capacidade de influenciar a resposta quer da caixa de velocidades, quer do próprio motor, quer ainda da direcção ou até mesmo da suspensão, ajuda a garantir maior emoção. Baseada igualmente num comportamento dinâmico extremamente estável e fiável, sem penalizações acentuadas ao nível do conforto, inclusivamente, quando o piso se degrada.



Sujeita também aos humores de um motor capaz de elevadas exigências, a verdade é que a carrinha alemã mostra saber responder com competência, aproveitando igualmente a boa capacidade de adaptação da direcção aos mais variados tipos de condução. Mesmo se, inclusivamente com o Agility Select no modo mais desportivo, revelando um carácter não tão informativo como à partida seria de esperar. Problema do qual padece, de resto, também o sistema de travagem, com o pedal do travão, nesta nova geração já se a companhia do ultrapassado travão de estacionamento de pé, trocado por uma mais moderna e funcional patilha, a revelar um toque um tanto ou quanto esponjoso.
Contudo e mesmo com todas estas pequenas “particularidades”, a quarta geração da incontornável Classe C Station mantém, agora apelando de forma mais forte não apenas à razão, mas também à emoção, objectivo bem definido: o topo do segmento. A concorrência que se cuide!…




Mais


  • Qualidade de construção e materiais
  • Conforto
  • Comportamento




Menos


  • Acesso traseiro
  • Lugar do meio
  • Insonorização do motor














Fonte:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=744118
Categorias
Noticias Mercedes-Benz